domingo, 1 de agosto de 2010

Antuérpia, Dia 2

  • País: Bélgica
  • Cidade: Antuérpia
  • O melhor do dia: Um descansinho! Com chimarrão!
Antuérpia, Dia 2

Olá pessoal. Tudo bem?

Estou eu aqui no meu segundo e último dia na Antuérpia.
Descobri porque essa cidade tem esse nome... Vem de duas palavras em holandês e significa "jogar fora a mão". Isso. exatamente isso. Isso tudo porque o Herói Local, o Brabo, arrancou as mãos do "Antígona" e as jogou fora... Essa é a Lenda por trás do nome da Antuérpia.

Depois dessa lendinha macabra, que descobri enquanto planejava meu dia tomando o café da manhã, fui visitar o Museu do Diamante! Não podia tirar fotos lá dentro (Aliás muitos lugares na Bélgica são assim). Mas, o que eu posso contar é: Santo dia que eu resolvi fazer engenharia de materiais! Isso me fez ler muito mais rápido o que diziam as coisas no Museu. E finalmente entendi alguma coisa! hahahaha! Coisas como esturturas romboédricas, Octaédricas... Planos de Clivagem... Estrutura estável e metaestável... Tudo isso no museu do Diamante!


Mais um pouco da Estação de Trem... Tá bom... os Antuérpios estão certos! acho que essa é a estação mais bonita que vi até hoje. Nem a Gare D'lest ganhou!
Mais um pouco da Estação! de tão grande, não cabe na foto! hahahaha!
 Construída em 1902!

E é claro. Haviam muitíssimos diamantes lá, todos genuínos. Inclusive haviam outras pedras preciosas, como Rubi, Safira, Esmeralda. E muitas jóias que marcaram a história. Haviam coroas e cedros de Monarcas, provavelmente de algum período da Bélgica. (Essa parte estava em Holandês...). O Museu era puro Luxo! E contava um pouco da história das gemas preciosas.

Essa é a Rua das Joalherias...
Uma delas... Olha o tanto de mostruários!!!
O Museu do Diamante, ficava nessa praça! Meio mal indicado... hehehehe!

O Diamante foi, provavelmente, descoberto na Índia e sua elevada resitência contra outros materiais fez as pessoas acreditarem que aquela se tratava de uma pedra enviada pelos Deuses. Sinceramente, o Diamante bruto é bem feio. Com o tempo o homem descobriu a lapidação e aplicando essa técnica ao diamante, percebeu-se que ele formava planos perfeitos. Com a evolução da técnica da Lapidação, descobriu-se que o diamante pode ser lapidado em inúmeras formas, dependendo da primeira "Martelada".

Como o diamante era uma gema muito difícil de se encontrar e poucos eram os que sabiam trabalhá-la, tornou-se uma das pedras de maior status que se perpetua até hoje. Possuir um diamante, para os reis, era sinal de poder e acreditava-se que ela também tornava as pessoas invencíveis, dada a resistência da pedra. Quanto maior e mais bonita, melhor. (Exatamente por isso comprei meu diamante de 0,03 ct) só um pouquinho de poder vai... hahahaha! Além disso, diferentemente do Ouro, que vai até 18 ct (ct = Carat = Kilate = 200mg), o Kilate do diamante e de outras gemas, refere-se ao seu Peso depois de lapidado.

Quando um diamante é encontrado na natureza, a primeira forma que o diamante é submetido, é uma forma octaédrica. Uma das pontas do octaedro é removida (e aí forma-se o platô do diamante, aquela parte que fica mais exposta em jóias). Depois, ele é submetido a Lapidação, que constitui basicamente da lapidação das laterais, dos chanfros e polimento (O polimento é feito com pó de diamante em granulação extremamente fina. Esse pó vem da própria lapidação (E não é muito difícil de fazer, já que o diamante não é muito resistente à compressão, ou seja, basta moer o diamante). Antigamente, a lapidação era feita na mão, com equipamentos bastante rústicos, mas de grande precisão. Hoje, é feita por computador, que analisa a estrutura cristalina do Diamante e "estuda" as possíveis formas que aquela pedra pode ter. Algumas pessoas, fazem cursos de avaliação de gemas (Aqui, vi pelo menos umas 4 escolas disso) e ganham um bom dinheiro com isso.

Enfim... o Passeio valeu muito! E ainda ganhei uma réplica de diamante também, provavelmete feita de Zircônia. Participei de um joguinho lá, que tinha que brincar de "assaltar" o museu atrás de um diamante precioso... hahaha! cada uma viu... Só sei que eu soube driblar a segurança e abrir o cofre e escolher o diamante certo... Mas acho que qualquer criançã de 2 anos conseguiria era bem bestinha o jogo.

Depois desse luxuoso museu, passei na Casa da Justiça e depois fui visitar o Museu de Foto e Filmagem, que também não permitia fotos. Mas, ali encontrei um grande clássico da Fotografia. Uma câmera mega versátil, réplica de uma Câmera chamada Diana da década de 60. Ela é toda de plástico, tal como era naquela época (E por essas e outras foi tão revolucionária) e permite você utilizá-la como Pinhole, Fisheye ou com lentes normais (Feitas para ela, claro). Escolher entre filme 120 mm (Médio formato) ou 35mm (foto normal). Além disso tudo, ela é totalmente manual e só tem 1 velocidade de obturador além da função "aberta". Ela é a típica câmera para se fazer fotos artísticas, com cara de fotos antigas! Eu simplesmente amei a câmera!
Nessas horas, deu até vontade de começar a aprender a revelar meus próprios filmes e voltar nos tempos que a Fotografia era para quem realmente sabia (Se bem que até hoje é... cada uma que a gente vê por aí, que nem fotoshop salva).

A Casa da Justiça. To sentido que o pessoal aqui é meio 8 ou 80... Se não é Medieval, é totalmente esquisito... hahahaha! que nem aquele prédio arredondado! hahaha!
O Arco do Triunfo da Antuérpia?
E o Museu da Fotografia!

Fiz um passeio rápido pela região desses museus e finalmente cheguei o museu de Belas artes da Antuérpia. Mas bem da verdade, só entrei por curiosidade mesmo. Nem passei as catracas e saí. Não podia tirar foto e a mochila tinha que ficar no Saguão, sem armários individuais... preferi não me arriscar. De lá, passei na pizzaria para comprar mais uma pizza, dessa vez pequena, para servir de almoço, um complemento para o jantar e quem sabe comer amanhã também. Estava me sentido muito cansado hoje e resolvi comer mais e chegar no hostel e descansar. Estou sentadinho na área aberta do Hostel, ouvindo a tevê ligada, falando em um lingua qualquer e tomando um... CHIMARRÃO!!! hahaha! Estou me sentido tão Brasil aqui na Antuérpia! Hoje encontrei Chimarrão na Bélgica (E veio a calhar porque tá frio por aqui, perto do que eu vivi semanas atrás). Bem que me disseram que a a Antuérpia tinha 169 etnias diferentes... e deve ter mesmo! Essa loja era, na verdade de produtos da América do Sul. Tinha de tudo! Até coisas da Sadia, Cerveja Norteña, Chimarrão... Claro que tudo custava o olho da cara, mas meio quilo de Erva Mate, Uma cuia de madeira e uma bomba tava 4,00 EUR e em promoção! Demorou... e ainda tem água quente na torneira? hu hu hu!!!

O Museu!!
Tá bom, uma foto melhor! hehehe!
 Momento Relax!!! Olha o Chima ali! e a garrafa de água quente, que agora já está bem fria! hehehehe!

Só não durmo agora porque vai me atrapalhar o sono todo depois e amanhã, pego um trem para Amsterdã. Estou vendo minha viagem acabar cada vez mais depressa. Mas, as memórias jamais se apagarão e acho que ess viagem vai ficar para sempre comigo. Talvez como um filme corrido. Nem mesmo minha necessidade diária de economizar e minha constante luta em não comprar tudo o que vejo pela frente. Às vezes me sinto completamente alarmado com o que eu compro, mas quando paro para pensar, vejo que muita coisa não é só para mim. Sinto uma necessidade imensa em levar um pouco da europa para minha família, afinal é exclusivamente graças a eles que estou aqui. Cada foto que tiro, cada cidade que eu chego, cada coisa que compro terá um espaço na minha casa e dedicarei a todos que estiveram comigo nesse viagem.

Fazendo um balanço analítico de tudo o que eu passei até agora, acho que é tudo como diz no filme "Amor sem escalas" quando o George Clooney diz para você pensar em tudo aquilo que você tem. Em tudo aquilo que você compra. E diz para você carregar tudo numa mochila... Pois é... como você puderam ver, pesou tanto que eu tive que comprar outra mala... hahahaha! Mas como disse o Norueguês que eu conheci na estação de Trem: A primeira viagem é a que você mais sofre. Você precisa fazer todo o se planejamento, sem saber por onde começar. Você muda de cidade tão depressa quanto você anda para ver tudo o que você quer e o tempo todo está pisando em um lugar completamente diferente e talvez nunca mais vai pisar ali e ainda tem que carregar uma mala que a cada dia pesa mais e mais, graças a todas as camisetas que você vai comprando por onde você passa.

Aliás, hoje vi um mochileiro, que provavelmente é de primeira viagem também... Carregando uma Torre Eiffel de metal de uns 40cm de altura... Vi um monte dessas para vender em Paris... Imagino o quanto essa pessoa está se arrependendo de ter feito isso... hahahahahaha!

Bom, pessoal é isso aí. Antuérpia é mais uma dessas maravilhosas cidades que visitei aqui na Europa!!! Amanhã, Amsterdã! Cidade onde vou comprar algum presente para os "TRANQUEIRAS" da materiais... hahahahaha!!!

Abraços a Todos!!!

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